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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A sensibilidade estética medieval


ECO, Humberto. A sensibilidade estética medieval. IN:_____.  Arte e beleza na estética medieval. Rio de Janeiro: Record, 2010. P. 17-42.



        Umberto Eco é um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano de fama internacional. É titular da cadeira de Semiótica (aposentado) e diretor da Escola Superior de ciências humanas na Universidade de Bolonha. Ensinou temporariamente em Yale, na Universidade Columbia, em Harvard, Collège de France e Universidade de Toronto. Colaborador em diversos periódicos acadêmicos, dentre eles colunista da revista semanal italiana L'Espresso, na qual escreve sobre uma infinidade de temas. Eco é, ainda, notório escritor de romances, entre os quais O nome da rosa e O pêndulo de Foucault.
       O capítulo "A sensibilidade estética medieval" é dividido em quatro tópicos onde o autor discute a arte e a beleza na Estética medievalNo primeiro tópico o autor fala sobre os interesses estéticos medievais e sua originalidade. Ele destaca o fato de o olhar medieval ser voltado para a antiguidade clássica. Fala da sensibilidade na estética das obras, e ainda aborda a forma como os sistemas doutrinais procuravam não desviar a atenção espiritual para o sensível.
       O segundo tópico aborda a polêmica produzida pelos cistercienses que criticavam o luxo e os meios figurativos na decoração das igrejas, pois segundo eles isso desviava a atenção dos fiéis. Nesse contexto, os ornamentos atrapalhavam as preces, e as esculturas nos capitéis não tinham utilidade alguma. É abordada também a questão das polêmicas causadas pelos rigoristas à respeito da música sacra, e a constante contraposição entre a beleza exterior e a beleza interior.
       No terceiro tópico é destacada a forma como durante a Idade Média havia uma distinção entre a beleza metafísica e a técnica de arte pura. É abordado também o modo como os medievais convertiam o sentimento do belo em um sentido de comunhão com o divino ou  com a alegria de viver, eles não relacionavam a beleza à algo maldito. Ao contrário da opinião dos rigoristas no tópico 2, o terceiro tópico demonstra a aceitação dos materiais preciosos na igreja, como uma forma de meditação. E para finalizar é feita uma abordagem sobre a forma como o homem medieval se relacionava com estética.
     Na conclusão do texto, o autor trabalha a questão de como é distinguida a beleza e utilidade, e beleza e maldade. É discutida a tríplice função da sensibilidade na Idade Medieval, e a transcedentalidade do belo.

      


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Sara S. de Oliveira
Acadêmica de História
Paraíba, Brasil